segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Sentir?

escrever parte da nudez da alma, a inquietação absorvida no contacto com o mundo, o percurso desordenado das ideias cai num caos amigável, repleto de revelacoes singulares

senti a alma a escorregar para a surdina das palavras, foi aquele silencio a perseguir uma nova aurora, ou entao o anoitecer precoce dos sentimentos é a morte a se descobrir no outro

teria a vontade de meditar no meu caminho, a mão a embater no oceano das ideias, a chapinhar na sua imensidão, e tranquilizar o monologo dos sentidos num silencio naufragado

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Tracking Blindness?

someone can teach me a cocktail of spiritual guidance? perhaps a journey among the anonymous shadows of poetry could bring fantastic new revelations, without words, spread everything through the silence would be the way to send myself to my own and private endless misunderstanding?
hey my friend, my true confident, the one that holds my deep secrets, please rectify all the mistakes going out from my lips, like a big explosion on the horizon, the steps crossing my intimacy are saying: yes the blindness of an absent silence can be really an incredible feeling! 
volto a escrever no vazio, palavras soltas, sem classificacao, aleatórias, rodeadas por abismos, por onde sentir a vastidao, contruir fronteiras, na poesia, tanto de subtil como desordeira.
quero escrever tanto.
inventar algumas personagens, erguer-lhes a comunicacao, pintar-lhes os rodeios existentes no fundo das palavras, o eco dos sentimentos, as suas revoltas no escuro, as contemplacoes do interior, talvez acendesse uma lampada para o impossivel.
escrevo e assim padeco em vazios a metáfora do som oco, a historia de um rapaz
gosta de uma miuda
e a desilusao do sentimento nao correspondido
fodasse
é a palavra solta na beira da falesia
nao é suficientemente bonito, o rapaz, haverá explicacao para isso?
o rosto demasiado expandido
rectangular
sem nenhuma forma
ou simples tatuagens a ladear os bracos, foi vergonhosamente doloroso olhar para os bracos riscados sobre agulhas com tinta
o corpo, tambem ele curto
nem parecia um homem
mas as pálpebras agitam-se nervosas na prisao deste momento, é o tempo a ficar estancado na percepcao deste pensamento
mas que merda
afugenta-se do cerebro da menina esta balburdia, confiar nesta mentalidade de gente bonita e feia, da lagrima a correr pelo parapeito do olhar
e o sonho esta a construir por debaixo do horizonte sombras
em fiapos

domingo, 26 de agosto de 2012


por demais interessante voltar a relexao de quem gosta de mim. quero aprender uma linguagem nova, nao me desejo apaixonar por ninguem. mas quando o toque chega no corpo e as palavras certas acompanham esse gesto tomar a liberdade para me esquecer por momentos é sempre algo inédito, prosseguir nessa descontrucao será achar a condicao do indelevel mas de que accoes se forma o tempo para me trazer a imensidao?





A chuva comecou a cair de forma desalmada, a tocar os pontos possiveis na rua, a calcorrear os silencios acidentais que as pessoas fazem, a beleza é compreender o silencio, de ocupar as palavras de uma presenca feliz
senti-me a respirar profundamente nos ecos produzidos pelo silencio, a curva do meu corpo saido na bruma e ficar enxuto, a imaginar o deserto infinito de quarteirao em quarteirao, a origem da madrugada terminar num som pálido
requerimentos á parte, julguei sempre o peito a falar-me a solidao numa linguagem estranha, como a caixa de sapatos desperdicada nos confins do sotao
o espelho que faz o julgamento das pessoas bonitas
as letras que se dissiparam da minha camisola com ancoras numa memoria longinqua, de quadrados monocromaticos
nada que me possa provocar desconforto, este silencio plastificado.

andava a concentrar a minha opiniao em pensamentos mortos. ou simplesmente os desvalorizei. nao os senti limpidos, unicos, o caos dos diversos parágrafos, a imaginacao a transbordar os horizontes, a ausencia do choque térmico das ideias a produzir o calor do novo; os verbos repetidos para observar os vazios a juntarem-se numa ladainha adormercida,sonhar a estridencia da vida no seu refrao mais singular, eu, de egoismo em egoismo, de sensasionalismo abstracto e futil. Aquém da ignorancia, o meu livre arbitrio carrega a poesia em palavras que se fundem pela igualdade do seu significado, dos seus sons, dos seus ecos, dos seus silencios, a decidir um caminho será sentir uma presenca nova, mesmo o sentimento ceptico é uma chama a calcorrear o desejo de nao me conhecer.
escrevo sem que as palavras se refugiem num silencio seguinte
nos passos seguintes (parecem incendios), bebo a leveza do sentir no inicio das coisas
queria sentir-me a respirar vertigens
romper papéis e existencias inócuas e emocoes perdidas e olhos lancados no invisivel
os lábios vivem num paralisia gulosa, em bocejos para além do silencio
talvez cesse os meus lábios, através do meu silencio, sombra, equilibrio, esconderijo
toda a verdade guardada nos sons de folhas esmaecidas, sentir o unico e dificil do mundo
qualquer coisa de palpavel, o grito misturado do vento e tranformado em conto
apenas um corpo a remexer