domingo, 26 de agosto de 2012


por demais interessante voltar a relexao de quem gosta de mim. quero aprender uma linguagem nova, nao me desejo apaixonar por ninguem. mas quando o toque chega no corpo e as palavras certas acompanham esse gesto tomar a liberdade para me esquecer por momentos é sempre algo inédito, prosseguir nessa descontrucao será achar a condicao do indelevel mas de que accoes se forma o tempo para me trazer a imensidao?





A chuva comecou a cair de forma desalmada, a tocar os pontos possiveis na rua, a calcorrear os silencios acidentais que as pessoas fazem, a beleza é compreender o silencio, de ocupar as palavras de uma presenca feliz
senti-me a respirar profundamente nos ecos produzidos pelo silencio, a curva do meu corpo saido na bruma e ficar enxuto, a imaginar o deserto infinito de quarteirao em quarteirao, a origem da madrugada terminar num som pálido
requerimentos á parte, julguei sempre o peito a falar-me a solidao numa linguagem estranha, como a caixa de sapatos desperdicada nos confins do sotao
o espelho que faz o julgamento das pessoas bonitas
as letras que se dissiparam da minha camisola com ancoras numa memoria longinqua, de quadrados monocromaticos
nada que me possa provocar desconforto, este silencio plastificado.

andava a concentrar a minha opiniao em pensamentos mortos. ou simplesmente os desvalorizei. nao os senti limpidos, unicos, o caos dos diversos parágrafos, a imaginacao a transbordar os horizontes, a ausencia do choque térmico das ideias a produzir o calor do novo; os verbos repetidos para observar os vazios a juntarem-se numa ladainha adormercida,sonhar a estridencia da vida no seu refrao mais singular, eu, de egoismo em egoismo, de sensasionalismo abstracto e futil. Aquém da ignorancia, o meu livre arbitrio carrega a poesia em palavras que se fundem pela igualdade do seu significado, dos seus sons, dos seus ecos, dos seus silencios, a decidir um caminho será sentir uma presenca nova, mesmo o sentimento ceptico é uma chama a calcorrear o desejo de nao me conhecer.
escrevo sem que as palavras se refugiem num silencio seguinte
nos passos seguintes (parecem incendios), bebo a leveza do sentir no inicio das coisas
queria sentir-me a respirar vertigens
romper papéis e existencias inócuas e emocoes perdidas e olhos lancados no invisivel
os lábios vivem num paralisia gulosa, em bocejos para além do silencio
talvez cesse os meus lábios, através do meu silencio, sombra, equilibrio, esconderijo
toda a verdade guardada nos sons de folhas esmaecidas, sentir o unico e dificil do mundo
qualquer coisa de palpavel, o grito misturado do vento e tranformado em conto
apenas um corpo a remexer


o gesto que me imaginou como centelha ardente a esgotar-se na imensidao das coisas, as coisas com água, os telhados de gotas a cair, as paisagens desenhadas pelas pálpebras
viverá constante no meu silencio e dizer-lhe que nao o esqueci, que o rebolico em redor do meu coracao é um líquido de proporcoes indiziveis, a falésia a povoar esse espaco se alimenta nas memorias demasiado felizes, sobretudo nos gestos irreflectidos, na sobrevivencia da minha humanidade como despir sombras e sentir a proximidade dos seus reflexos, opacos, densos, impenetraveis. O rio de caudal reescrito, sonhar em poemas o beijo do firmamento, sem o destruir, pois o sentimento a respirar na interseccao das árvores, das pessoas a falarem ao longe, a fugacidade do som que sobeja na célere aparicao do silencio, o escombro residente no fundo de uma palavra, tudo isto no simbolismo da solidao...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Looking forward to a spiritual believe, what are the options available?