escrevo sem que as palavras se
refugiem num silencio seguinte
nos passos seguintes (parecem
incendios), bebo a leveza do sentir no inicio das coisas
queria sentir-me a respirar
vertigens
romper papéis e existencias
inócuas e emocoes perdidas e olhos lancados no invisivel
os lábios vivem num paralisia
gulosa, em bocejos para além do silencio
talvez cesse os meus lábios,
através do meu silencio, sombra, equilibrio, esconderijo
toda a verdade guardada nos sons de
folhas esmaecidas, sentir o unico e dificil do mundo
qualquer coisa de palpavel, o
grito misturado do vento e tranformado em conto
apenas um corpo a remexer
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